segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A música de Pitágoras e o Universo

Pitágoras foi para o Egito adquirir conhecimentos. Como era a civilização mais avançada na época em relação as ciências, de um modo geral, foi lá que ele bebeu da mais pura fonte de conhecimento. E provavelmente ganhou o seu conhecimento sobre o lado filosófico e terapêutico da música dos egípcios que consideravam Isis e Osiris patronos da musica e da poesia.

Hermes, de acordo com a lenda, construiu o primeiro instrumento, esticando cordas no casco de uma tartaruga.

Platão descreveu a antiguidade da arte da musica entre os egípcios, declarando que a música e a poesia egípcia já existia a mais de mil anos, era de uma natureza exaltada e inspiradora que somente deuses ou semideuses poderiam ter composto. Nos mistérios a lira é considerada o símbolo secreto da constituição humana, o corpo do instrumento representava a forma física humana, as cordas os nervos, e a música o espírito, que criava a harmonia da função normal, a qual, de alguma maneira, se tornavam dissonantes se a natureza do homem fosse corrompida.

Pitágoras não era um músico, porém recebeu o crédito de quem criou a escala diatônica, tendo aprendido primeiro a teoria divina da música de mestres de vários mistérios, nos quais foi aceita. Ele ponderou durante vários anos sobre a leis que governavam a consonância e dissonância. A forma como ele solucionou o problema é desconhecida, todavia foi criada uma lenda em torno do assunto. Aquela história do ferreiro que brandia o martelo em intervalos, que emitiam sons diferentes conforme a densidade do metal. Quando chegou em casa, ele criou um braço de madeira e nele esticou quatro cordas sobre ele, todas da mesma composição, tamanho e peso. Na primeira corda ele colocou pesos equivalentes a 12, 9, 8 e 6 , correspondentes ao tamanho dos brazeiros dos martelos. Pelos quais descobriu as proporções. Quando tocava a primeira e quarta corda juntas o som produzido junto o harmônico intervalo de um oitava. A chave para as proporções harmônicas é o fomaso tetrato pitagoriano, uma pirâmide de pontos. O tetrato é feito dos primeiros quatro números, 1,2,3 e 4, nos quais as suas proporções revelavam os intervalos das oitavas. Enquanto a lei dos intervalos harmônicos estabelecidos assim por diante acima de toda verdade, isso foi subsequentemente provado que o tilintar dos martelos no metal de certa forma descritos, não produziriam os sons atribuídos a ele. Em todas as probabilidades, portanto, Pitágoras trabalhou a sua teoria de harmonia de mono cordas, um aparelho que consistia em uma única corda esticada entre duas estacas supridos com fricções móveis.
Para Pitágoras a música era dependente da divina ciência da matemática e as suas harmonias eram controladas inflexivelmente pela proporção matemática.
Depois de descobrir essas proporções harmônicas, Pitágoras, gradualmente, iniciou seus discípulos ao supremo arcano dos Mistérios. Ele dividiu as numerosas partes da criação em um vasto número de esferas. Para cada qual ele inseriu, um tom, um intervalo hamônico, um número, um nome, uma cor e uma forma. Ele, então, procedeu a provar com exatidão das suas deduções sobre diferentes planos de inteligência e o alcance substancial da mais abstrata lógica premissa para o mais concreto sólido geométrico. Com o entendimento comum de que esta diversidade de métodos de prova que ele estabeleceu com a incontestável existência de algumas leis naturais.
Desde que as escola pitagoriana tinha certeza que a harmonia não foi descoberta pelo simples senso de percepção, e sim pelas razão e matemática, intitularam-se Canonicos para se diferenciarem dos músicos da escola de harmonia, cujo tom imposto e o instinto de ser verdade os princípios normativos da harmonia. Reconhecendo o profundo efeito da música sobre a razão e a emoção, Pitágoras não hesitou em usar a influência sobre a mente e o corpo do que ele chamava de " música terapêutica".
Pitágoras advertia seus seguidores a educar seus ouvidos, para tomarem cuidado com as músicas que eram tocadas pelas flautas ou címbalos. Ele declarou que a alma poderia ser purificada pela influência irracional das canções solenes cantadas e acompanhadas pela lira.
Na sua pesquisa sobre a influência da música sobre as emoções, ele descobriu que as sete chaves ("Keys" ), do sistema grego de música tinha o poder de incitar ou acalmar a emoção. Isso estava relacionado com um momento que presenciou enquanto observava as estrelas, de um jovem atordoado com bebida e louco com o ciúmes que estava empilhando um feixe de madeira em frente a porta de sua amante com a intenção de queimar a casa. O frenesi do jovem estava acentuado pelo som de um flautista que tocava a certa distância dali que estava tocando no tom do comovedora escala de frigian. Pitágoras induziu o músico a tocar em de maneira mais suave, e no rítimo da escala spondaic, sobremaneira o jovem desesperado se recompôs e pegou o feixe de madeira e retornou tranquilamente para sua casa.
Pitágoras curou muitos achaques do espírito, alma e corpo, por ter preparado certas composições musicais que ele tocou na presença dos doentes, ou por recitar algumas poesias de alguns poetas como Hesiodo e Homero. Em sua universidade em Crotona era costumeiro dos pitagorianos abrir e fechar cada dia com canções.Pela manhã se tocava aquelas que pareciam clarear a mente para que despertassem do sono e incentivassem a mente para as atividades do dia. Aquelas que eram tocadas a noite de maneira relaxante e suavizante que conduzia ao descanso.
No equinócio primaveril fazia seus discípulos se reunirem em um círculo, cada um em frente ao seu números os liderava com uma canção acompanhada por uma lira.
A música terapêutica de Pitágoras é descrita por Iamclichus assim: " Existem algumas melodias dividas em aquelas que curam as paixões da alma, e também contra os abatimentos e as lamentações, as quais Pitágoras criou essas coisas para que desse grande suporte a essas indisposições. E novamente ele empregou algumas canções contra a ira e a raiva, e contra qualquer aberração da alma.
É provável que os pitagorianos reconheceram uma conexão entre as sete escalas gregas e os planetas. Por exemplo, Plínio declara que Saturno se move na escala dorian e jupter na escala frigian. Isso também aparenta que os temperamentos estão ligados às escalas, is as paixões da mesma forma. Assim, a raiva, que é uma paixão ardente, pode ser acentuada por uma escala fogosa ou o seu poder neutralizado por uma escala mas suave.
Platão dizia que " A música não existia somente para criar um alegre e agradável som para as emoções, mantendo que o que poderia inculcar um amor por tudo o que é nobre, e um ódio por tudo o que é significativo, e nada poderia influenciar mais os mais profundos sentimentos humanos que a melodia e o ritmo" e Damons de Atenas , o instrutor musical de Sócrates dizia " a introduação de um novo e presumidamente enervante escala poderia comprometer o futuro de uma nação inteira, e de que não há possibilidade de alterar a chave sem sacudir as bases do estado." Platão emendava este pensamento dizendo " A música que enobrecia o pensamento estava muito acima desta música que apelava apenas para as emoções. E insistia fortemente que era dever de suma importância da legislatura suprimir aquelas músicas que incentivavam um carater efeminado e lascivo, para encorajar aquelas de carater puro e dignificador, que encorajava e remexia eram para o homem, e as gentis e acalmavam para as mulheres. A partir disso, é evidente que a música na cultura grega era parte da educação na juventude. Havia de se ter cuidado na escolha de instrumentos e a falta de palavras deixaria o seu significado dúbio, o que traria dificuldade de saber que tipo de influencia estaria causando as pessoas, se era benigna ou maligna a influência.
Até nos dias de hoje a música marcial tem efeitos de guerra nas emoções, enquanto que a música religiosa gera uma comoção diferente na emoção das pessoas.

fonte ( wwww.sacred-texts.com)

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