terça-feira, 23 de outubro de 2007

O desenvolvimento da M.U.S.I.C.A

Athena junto as nove musas.

A história mitológica

A história mitológica da música, no mundo ocidental, começou com a morte dos Titãs.
Conta-se que depois da vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano (Oceano, Ceos, Crio, Hiperião, Jápeto e Crono), mais conhecidos como os Titãs, foi solicitado a Zeus que se criasse divindades capazes de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram as nove Musas.
Entre as nove Musas estavam Euterpe (a música) e Aede, ou Arche (o canto). As nove deusas gostavam de freqüentar o monte Parnaso, na Fócida, onde faziam parte do cortejo de Apolo, deus da Música.
















Euterpe





Há também, na mitologia, outros deuses ligados à história da música como Museo, filho de Eumolpo, que era tão grande musicista que quando tocava chegava a curar doenças; de Orfeu, filho da musa Calíope (musa da poesia lírica e considerada a mais alta dignidade das nove musas), que era cantor, músico e poeta; de Anfião, filho de Zeus, que após ganhar uma lira de Hermes, o mais ocupado de todos os deuses, passou a dedicar-se inteiramente à música.
Se estudarmos com cuidado a mitologia dos povos, perceberemos que todo o povo tem um deus ou algum tipo de representação mitológica ligado à música. Para os egípcios, por exemplo, a música teria sido inventada por Tot ou por Osíris; para os hindus, por Brama; para os judeus, por Jubal e assim por diante, o que prova que a música é algo intrínseco à historia do ser humano sobre a Terra e uma de suas manifestações mais antigas e importantes.



História Não-Mitológica




A origem mecânica e não-mitológica da música divide-se em duas partes: a primeira, na expressão de sentimentos através da voz humana; a segunda, no fenômeno natural de soar em conjunto de duas ou mais vozes; a primeira, seria a raiz da música vocal; a segunda, a raiz da música instrumental.
Na história não-mitológica da música são importantes os nomes de Pitágoras, inventor do monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons, e o de Lassus, o mestre de Píndaro, que, perto do ano 540 antes de Cristo, foi o primeiro pensador a escrever sobre a teoria da música.
Outro nome é o do chinês Lin-Len, que escreveu também um dos primeiros documentos a respeito de música, em 234 antes de Cristo, época do imperador chinês Haung-Ti. No tempo desse soberano, Lin-Len -que era um de seus ministros- estabeleceu a oitava em doze semitons, aos quais chamou de doze lius. Esses doze lius foram divididos em liu Yang e liu Yin, que correspondiam, entre outras coisas, aos doze meses do ano.


Origem Física e Elementos




A música, segundo a teoria musical, é formada de três elementos principais. São eles o ritmo, a harmonia e a melodia. Entre esses três elementos podemos afirmar que o ritmo é a base e o fundamento de toda expressão musical.
Sem ritmo não há música. Acredita-se que os movimentos rítmicos do corpo humano tenham originado a musica. O ritmo é de tal maneira mais importante que é o único elemento que pode existir independente dos outros dois: a harmonia e a melodia.
A harmonia, segundo elemento mais importante, é responsável pelo desenvolvimento da arte musical. Foi da harmonia de vozes humanas que surgiu a música instrumental.
A melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão de capacidades musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras, e forma uma sucessão de notas característica que, por vezes, resulta num padrão rítmico e harmônico reconhecível.
O que resulta da junção da melodia, harmonia e ritmo são as consonâncias e as dissonâncias.
Acontece, porém, que as definições de dissonâncias e consonâncias variam de cultura para cultura. Na Idade Média, por exemplo, eram considerados dissonantes certos acordes que parecem perfeitamente consonantes aos ouvidos atuais, principalmente aos ouvidos roqueiros (trash metal e afins) de hoje.
Essas diferenças são ainda maiores quando se compara a música ocidental com a indiana ou a chinesa, podendo se chegar até à incompreensão mútua.
Para melhor entender essas diferenças entre consonância e dissonância é sempre bom recorrer ao latim:
Consonância, em latim consonantia, significa acordo, concordância, ou seja, consonante é todo o som que nos parece agradável, que concorda com nosso gosto musical e com os outros sons que o seguem.
Dissonância, em latim dissonantia, significa desarmonia, discordância, ou seja, é todo som que nos parece desagradável, ou, no sentido mais de teoria musical, todo intervalo que não satisfaz a idéia de repouso e pede resolução em uma consonância.
Trocando em miúdos, a dissonância seria todo som que parece exigir um outro som logo em seguida.
Já a incompreensão se dá porque as concordâncias e discordâncias mudam de cultura para cultura, pois quando nós, ocidentais, ouvimos uma música oriental típica, chegamos, às vezes, a ter impressão de que ela está em total desacordo com o que os nossos ouvidos ocidentais estão acostumados.
Portanto o que se pode dizer é que os povos, na realidade, têm consonâncias e dissonâncias próprias, pois elas representam as suas subjetividades, as suas idiossincrasias, o gosto e o costume de cada povo e de cada cultura.
A música seria, nesse caso, a capacidade que consiste em saber expressar sentimentos através de sons artisticamente combinados ou a ciência que pertence aos domínios da acústica, modificando-se esteticamente de cultura para cultura



A musica tem um poder indiscutivel sobre a mente humana. Todos os povos da antiguidade desenvolveram seus sons de acordo com a sua cultura, seus interesses religiosos, de guerra, de festejos. A música marca as várias ações de um povo e transforma essas palavras escritas em versos contados para também registrar e perpetuar a história de uma nação, tendo como exemplo os salmos da bíblia que em alguns conta a trajetória do povo de israel quando é liberto do egito e atravessa o deserto até chegar a terra prometida, claro, exaltando nessas passagens a ajuda que tiveram de Yaweh, o grande eu sou que havia lhes dado o dádiva de receber essa graça.

Muitas obras de arte da Antigüidade mostram músicos e seus instrumentos, entretanto não existem conhecimentos sobre como os antigos faziam seus instrumentos. Apenas umas poucas peças completas de música da Antigüidade ainda existem, quase todas do povo grego.
Egito - Por volta de 4.000 a.C., as pessoas batiam discos e paus uns contra os outros, utilizavam bastões de metal e cantavam. Posteriormente, nos grandes templos dos deuses, os sacerdotes treinavam coros para cantos de música ritual. Os músicos da corte cantavam e tocavam vários tipos de harpa e instrumentos de sopro e percussão. As bandas militares usavam trompetes e tambores.
Palestina - O povo palestino provavelmente não criou tanta música quanto os egípcios. A Bíblia contém a letra de muitas canções e cânticos hebraicos, como os Salmos, onde são mencionados harpas, pratos e outros instrumentos. A música no templo de Salomão, em Jerusalém, no século X a.C., provavelmente incluía trompetes e canto coral no acompanhamento de instrumentos de corda.
China - Os antigos chineses acreditavam que a música possuía poderes mágicos, achavam que ela refletia a ordem do universo. A música chinesa usava uma escala pentatônica (de cinco sons), e soava mais ou menos como as cinco teclas pretas do piano. Os músicos chineses tocavam cítara, várias espécies de flauta e instrumentos de percussão.
Índia - As tradições musicais da Índia remontam ao século XIII a.C.. O povo acreditava que a música estava diretamente ligada ao processo fundamental da vida humana. Na Antigüidade, criaram música religiosa e por volta do século IV a.C. elaboraram teorias musicais. Os músicos tocavam instrumentos de sopro, cordas e percussão. A música indiana era baseada num sistema de tons e semitons; em vez de empregar notas, os compositores seguiam uma complicada série de fórmulas chamadas ragas. As ragas permitiam a escolha entre certas notas, mas exigiam a omissão de outras.
Grécia - Os gregos usavam as letras do alfabeto para representar notas musicais. Agrupavam essas notas em tetracordes (sucessão de quatro sons). Combinando esses tetracordes de várias maneiras, os gregos criaram grupos de notas chamados modos. Os modos foram os predecessores das escalas diatônicas maiores e menores. Os pensadores gregos construíram teorias musicais mais elaboradas do que qualquer outro povo da Antigüidade. Pitágoras, um grego que viveu no século VI a.C., achava que a Música e a Matemática poderiam fornecer a chave para os segredos do mundo. Acreditava que os planetas produziam diferentes tonalidades harmônicas e que o próprio universo cantava. Essa crença demonstra a importância da música no culto grego, assim como na dança e nas tragédias.
Roma - Os romanos copiaram teorias musicais e técnicas de execução dos gregos, mas também inventaram instrumentos novos como o trompete reto, a que chamavam de tuba. Usavam freqüentemente o hydraulis, o primeiro órgão de tubos; o fluxo constante de ar nos tubos era mantido por meio de pressão de água.



A música seja qual for o seu objetivo se transforma na arma poderosa na mão de qualquer pessoa que tenha conhecimento dos seus efeitos sobre a mente. O costume de usá-la antes de qualquer evento de guerra, incitando os ânimos para a batalha ou em eventos de júbilo levando o povo a desfrutar de sons que unidos a bebida e a comida levavam os convidados da festa ao gozo intenso de prazeres inenarráveis. Com tudo isso é possível mudar a história do mundo só com o som de um instrumento, juntando a ele a voz que decodifica a palavra, tornando essas palavras mais fortes se combinadas com o código das notas musicais que com sua vibração alcança partes do cérebro que o mero discurso jamais alcançaria. Mas isso é um assunto que será discutido futuramente, o lado místico e espiritual da m.u.s.i.c.a.



Portanto, a música era intrinsica na vida cotidiana dos povos antigos e se modificava de cultura para cultura, que devido a conquista de muitos reinos sofria algumas influências da música de povos conquistados, que, como Roma o grande império da antiguidade, trazia das terras distantes novas distrações para o enfadonho mundo da realeza. E o que mais difunde a cultura de um povo que a música que é sua marca registrada. Essa missigenação musical foi fazendo com houvesse uma evolução na maneira com que a música era tocada, a junção de vários instrumentos e os sons agradáveis que produziam, faziam com que a música caminhasse em direção ao que ouvimos hoje.






























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